"Foi feito absolutamente do jeito que eu normalmente faço filmes, exceto por uma coisa", sussurra David Cronenberg em um tom abafado, quase confessional. "Eu filmei por cinco dias em Los Angeles."
Em maio, sua líder Julianne Moore ganhou o prêmio de melhor atriz em Cannes, onde "Maps to The Stars" fez sua estréia mundial. "Na verdade, eu tinha na cabeça que um estúdio viria e me abraçaria em Cannes", lembra Cronenberg. Ele cita o executivo do estúdio dizendo: "Seu filme assustou a merda fora de mim. Tive pesadelos com isso toda a noite. No dia seguinte, fui a uma festa no Hotel du Cap, e tudo que eu podia ver era cenas de seu filme. " Cronenberg faz uma pausa, em seguida, acrescenta: "Eu pensei que era uma reação positiva." Mas ele ainda está pendurado na balança para saber se setembro vai ver "Maps to The Stars" ser projetado em sua cidade natal no festival de Toronto e cimentar o seu status de festival favorito em Nova York.
"É uma pergunta interessante", diz Cronenberg. "Eu acho que vai ser definitivamente no Festival de Cinema de Toronto, por isso depende da relação entre os dois festivais, ou seja de Nova York quer mostrar um filme que foi demonstrado em Toronto ou não, e também quando o filme for lançado. Se for lançado na América do Norte logo após Toronto, então não há tempo para que ele seja em Nova York, mas eu sempre me sinto perto de Nova York e da cultura de Nova York. Eu sinto tudo, eu deveria estar em Nova York de alguma forma, mas com o filme é realmente sempre uma questão de distribuidores e as políticas de festivais. "
E a política é em larga escala em todo o filme em si, que foi escrito por Bruce Wagner quase vinte anos atrás, quando ele trabalhava como motorista de limusine para o Beverly Hills Hotel. Uma produção, com Rachel Weisz em um papel para Moore, e Wagner retrabalhou o material em seu romance Dead Stars. Quando o filme finalmente saiu, Robert Pattinson - estrela da última excursão de Cronenberg, "Cosmopolis" - entrou, interpretando o motorista tentando romper como roteirista.
Mia Wasikowska interpreta Agatha Weiss, uma piromaníaca criminosa que faz amizade com Pattnison quando retorna de um sanatório e aproveita um relacionamento via Twitter com Carrie Fisher para se tornar a assistente pessoal de Moore, Havana Segrand. Segrand é filha de uma lenda falecida de Hollywood que está tentando refazer o filme que fez a mãe famosa - até que sua mãe aparece na banheira para assombrar suas noites.
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"Um produtor de Hollywood disse que eu não poderia fazer este filme, porque eu não podia fazer isso com este negócio que tem sido tão bom para mim", Cronenberg ri.
"O conceito é que o filme se passa todo em Hollywood ", ele explica," ao contrário de "Eastern Promises", onde estávamos filmando em uma obscura, escondida Londres, onde os gângster saem para curtir. Eles normalmente não saem para passear no Palácio de Buckingham, portanto não estarão em nenhum dos pontos normais em Londres. Mas para este filme, tem os pontos emblemáticos. Você está gravando sob o letreiro de Hollywood. Você está filmando em Hollywood Boulevard, Chateau Marmont, Rodeo Drive. "
"Foi a primeira vez que eu filmei nos EUA", ele continua, "quanto mais em Hollywood, mas ninguém grava grandes filmes em LA. É muito caro. E por isso mesmo que foram apenas cinco dias, a equipe estava muito animado para trabalhar em um filme real. Foi uma experiência muito bonita. Excelente! Eu adorei e eu absolutamente vou fazer isso novamente. "
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